Colheita no Assentamento de Eldorado do Sul (RS). Imagem: Coletivo Aura.

O espírito da feira

Como a primeira feira ecológica do Brasil – a Feira dos Agricultores Ecologistas, em Porto Alegre – tornou-se espaço de memórias, trocas e conexão.


Por
Revisão: Dirlene Ribeiro Martins
Edição: Lia Beltrão

Sempre percebi, desde criança, que aquele lugar era especial. Muitas cores, cheiros, sabores, muita gente, sotaques diferentes, alimentos que nunca tinha visto. Aquela rua pela qual eu passeava mudava completamente aos sábados, no dia da feira. Entendia que a paisagem se transformava, e os tipos de relações também. Não era somente um lugar de compra de alimentos, era um espaço de convivência, de troca e muito agradecimento. Um espaço que tem “algo a mais”, um brilho no olho em quem frequenta e em quem oferta aqueles alimentos puros e cheios de vida. Eu, que ia ali quase toda semana para fazer minhas compras, percebi que sempre saía mais alegre do que chegava.

Foi em outubro de 1989 que aconteceu a primeira edição da Feira dos Agricultores Ecologistas – conhecida como FAE ou a Feirinha do Bom Fim, reconhecida hoje como a primeira feira ecológica do Brasil e uma das maiores feiras ecológicas do mundo. Desde então, portanto há trinta anos, todos os sábados, não importa a estação do ano, dia no calendário ou previsão do tempo, às 4 horas da manhã já começam a chegar os agricultores e agricultoras vindos de várias regiões do Rio Grande do Sul para montar suas bancas na Rua José Bonifácio, em frente ao Parque Farroupilha, conhecido como Redenção, em Porto Alegre (RS).
Ainda que eu tenha tido o mérito de acompanhar e desfrutar, encantada, dessa feira histórica, estava bem ciente de quão rara ela é diante das visões estreitas que têm conduzido nossa relação com o mundo em geral. Assim como o ato de se alimentar, nossas relações sociais estão cada vez mais frias e distantes, tomadas pelo processo de industrialização, da larga escala, da monocultura, tão antagônicos ao que se pratica na feira.

Essas reflexões de que vivemos uma crise de visão de mundo, somadas a esse espírito que percebia e sentia na feira, foram o que motivaram meu Trabalho de Conclusão do Curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (leia completo aqui). Como a feira adquiriu essa importância patrimonial, podendo ser considerada patrimônio cultural da cidade de Porto Alegre, a partir de uma conexão espiritual do lugar, dos agricultores e agricultoras e do cidadão urbano?

Para responder à pergunta que conduziu o trabalho, realizei entrevistas com três grupos de participantes da feira: agricultores, fundadores e consumidores. Juntamente com referências bibliográficas que interconectassem a dimensão ecológica com a dimensão espiritual, como Lama Padma Samten, Fritjof Capra, Leonardo Boff e Nancy Mangabeira Unger, adentrei a história da feira e o contexto em que foi criada; refleti um pouco sobre Patrimônio Cultural e tentei entender e traduzir essa energia que sustenta a FAE, que traz reencantamento e gera os benefícios dos quais eu mesma desfruto.

O florescimento da feira

A geradora da FAE foi a Cooperativa Ecológica Coolméia. A Coolméia, atuante em Porto Alegre de 1978 a 2004, foi um espaço de militância e resistência – pensado por pessoas da cidade – onde as ideologias ecológicas e naturalistas eram colocadas em prática.

A Cooperativa Coolméia, que funcionava como um entreposto de alimentos ecológicos e vegetarianos, nasce em um contexto espiritualista dentro da Grande Fraternidade Universal (GFU), a qual compreendia o cooperativismo como a ação econômica da Nova Era*.

Nessa época de efervescência cultural, o movimento ecológico foi bastante representativo no Rio Grande do Sul graças a figuras como José Lutzenberger, Ana Primavesi e Magda Renner, que percorriam o mundo questionando as consequências da “religião do progresso” e também da Revolução Verde – que se iniciou em 1940. Esse processo instaurou no Brasil, e no mundo, uma crise socioambiental a partir da visão capitalista neoliberal, estreita e etnocêntrica, segundo a qual ser “desenvolvido” é ser urbano e industrializado, destruindo assim a diversidade cultural e espiritual da humanidade.

Antes de sua ordenação, o Lama Padma Samten (então Alfredo Aveline) foi associado da Coolméia, ocupando inclusive o posto de presidente no início da década de 1980. Nessa época forneceu e comercializou na FAE, por mais de dez anos, iogurte produzido no Sítio Rodeio Bonito. Segundo o Lama Padma Samten, em “O Lama e o Economista“:

“Quando reduzimos toda a sociedade a um âmbito econômico, o nível mais profundo dos seres não é contemplado. Aquilo que verdadeiramente aspiramos a encontrar não pode ser comprado.”

Muitos eventos organizados pela Coolméia tiveram participação ativa do Lama Samten, tanto na inauguração da FAE, em 1989, quanto na criação da Feira da Cultura Ecológica e da Biodiversidade do Menino Deus, em 1997, que tem por patrono espiritual Chagdud Rinpoche.

Lama Padma Samten, em 1990, no aniversário de um ano da FAE. Imagem: Arquivo FAE.

Chagdud Rinpoche, em 1997, na inauguração da Feira da Cultura Ecológica e da Biodiversidade (atual Feira Ecológica do Menino Deus), ao lado de representantes da coordenação, dos consumidores e produtores da Coolméia e do secretário estadual da agricultura Hoffman, em 1997. Imagem: Arquivo pessoal de Marice Padilha.

Os primeiros eventos de rua da Coolméia foram as feiras Tupambaé, que tiveram três edições, uma por ano, de 1986 a 1988. Uma “pequena Woodstock”, de acordo com a parceira urbana Barbara Benz. Em 1989, ano em que foi aprovada em nível federal a “Lei dos Agrotóxicos” (Lei nº 7802 de 11/08/1989), o coletivo, representado tecnicamente por Nelson Diehl, Glaci Alves e Jacques Saldanha, promoveu uma feira pública de alimentos saudáveis e ecológicos. Era um sábado de outubro, véspera do Dia Mundial da Alimentação. O sucesso foi absoluto: no meio da manhã, tudo havia sido vendido. Nascia a Feira dos Agricultores Ecologistas. Para o agricultor Pedro Lovatto, da cidade de Farroupilha (RS), que participou da primeira edição da feira, a iniciativa foi transformadora e decisiva para o seu trabalho e sua relação com a agricultura, pois ali conseguia escoar toda a sua produção. Ele, assim como outros agricultores e agricultoras, decidiu investir realmente na propriedade a partir dessa experiência na cidade.

Aniversário de um ano da FAE, em 1990. Imagem: Arquivo da FAE.

A FAE hoje

Hoje em dia, a FAE é composta por 44 bancas vindas de 32 municípios do Estado do Rio Grande do Sul, beneficia 122 famílias de agricultores diretamente e mais de 300 indiretamente, dez associações, duas cooperativas e quatro assentamentos da Reforma Agrária, envolvendo 17 famílias. Veja aqui um vídeo produzido pelo Coletivo Aura sobre a FAE.

Um sábado de feira. Imagem: Coletivo Aura.

A FAE é autogestionada, representada e administrada pela Associação Agroecológica. O principal objetivo da associação é viabilizar a propriedade familiar rural por meio da agricultura ecológica e da integração de seus associados, de forma horizontal e participativa, a partir de um olhar coletivo que trabalha em cooperação. Nas bancas da FAE, os produtores não são concorrentes: são células de um organismo que quer crescer e se beneficiar em conjunto.

Reunião matinal dos feirantes da FAE. Imagem: Coletivo Aura.

Reconhecimento para enraizar: a importância patrimonial da feira

Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o Patrimônio Cultural de uma nação, região ou comunidade são todas as expressões materiais e espirituais que a constituem, incluindo o meio ambiente. Pode ser considerado um mediador simbólico e social, um instrumento de construção e fortalecimento de culturas, que congrega aspectos da sociedade que são aprendidos e partilhados por seus membros, de forma viva, dinâmica. Saiba mais sobre patrimônio cultural aqui e aqui.

Para a agricultora Franciele Bellé, de Antônio Prado (RS) – que faz parte da segunda geração da feira e é mãe da terceira –, na FAE os agricultores são realmente valorizados. Aldaci, mãe de Franciele, conta que é tratada como uma “princesa” na feira, e que essa valorização motiva alguns jovens a permanecerem no campo, uma vez que muitos deles estão tendo melhores condições financeiras e de qualidade de vida do que muitos trabalhadores liberais.

Amanda Lovatto e Franciele Bellé na feira, em 2002, ambas com 8 anos de idade. Hoje, Amanda está se formando em agronomia e trabalha com o pai, Pedro. Franciele é agricultora, vice-presidente da Associação Agroecológica e mãe de três filhos, que são a terceira geração da feira. Imagem: Arquivo da FAE.

Juarez, agricultor e produtor de arroz de Barra do Ribeiro (RS), participa da FAE há quase 20 anos e se reconhece sujeito de uma construção de história e com uma cota de responsabilidade perante a humanidade a partir de um processo de resgate cultural com seu trabalho como Guardião de Sementes (Veja aqui uma matéria do Jornal Sul21 sobre a exposição que fizemos na FAE em julho de 2018), resgatando sementes crioulas, saberes e práticas da agroecologia que visam à autonomia e autossuficiência. Para o agricultor, esse é o seu compromisso espiritual, o “algo a mais” que extrapola o limite do recurso econômico e passa a representar os frutos de uma relação ser humano/ambiente, ser humano/terra, a partir do alimento que é oferecido por ele. Veja aqui o documentário da série Curta Agroecologia sobre o Arroz Ecológico na região metropolitana de Porto Alegre.

Juarez na exposição “Os Guardiões de Sementes”. Imagem: Guilherme Santos/Sul21.

A FAE é um espaço de reprodução de práticas culturais coletivas, narrativas, memória, identidade e construção do sentimento de pertencimento. A preservação desse patrimônio se dá a partir do cuidado, que exala dos agentes participantes da feira, como os frequentadores ou amigos/parceiros urbanos, e também dos agricultores, por meio de um sentimento familiar, de se estar em casa. Cintia Miró, parceira urbana desde os tempos da Coolméia, diz:

“Hoje eu habito isso tudo sem precisar ir. Eu me sinto como parte dessa alma. Eu me sinto a composição da feira.”

Assim, esse “algo a mais” da FAE se dá a partir dos laços culturais, das práticas individuais e coletivas, incluindo as trocas materiais – as relações de compra de produtos – e simbólicas, como sentimentos, ideias, crenças e valores no contato dos cidadãos urbanos com os camponeses, e vice-versa.

A feira passa a ser um espaço de afetividades e de cura, que tem esse “algo a mais” manifestado a partir de uma visão de sacralização e ritualização da natureza. Um lugar, segundo o agricultor Juarez, que não é só comércio, mas uma célula da sociedade que queremos, onde as pessoas estão inteiras, desarmadas e se olham no olho.A feira passa a ser um espaço de afetividades e de cura, que tem esse “algo a mais” manifestado a partir de uma visão de sacralização e ritualização da natureza. Um lugar, segundo o agricultor Juarez, que não é só comércio, mas uma célula da sociedade que queremos, onde as pessoas estão inteiras, desarmadas e se olham no olho. Pedro Lovato conta que a FAE é onde os agricultores se realizam, se abastecem e se alimentam com a energia, com o reconhecimento e a gratificação dos frequentadores, criando, assim, relações profundas de amizade, algumas vezes com sentimentos até familiares. Pontua que voltam para casa realizados, pois o alimento que fornecem foi produzido com muito pouca agressão à natureza; muitas vezes até colabora para sua recuperação.

Pedro Lovatto em sua propriedade, Espaço Sossego, em Farroupilha (RS). Imagem: Coletivo Aura

Juarez constata que a feira é uma troca, uma via de mão dupla: da mesma maneira que os agricultores a construíram, eles também são por ela construídos. Quase todas as relações do agricultor surgiram por meio da feira. Ele explica: Desde cedo eu percebi que, no encontro com os parceiros urbanos, não se está recebendo só pagamento monetário, mas uma outra forma de pagamento: respeito, admiração, carinho, amor. No quarto ano na feira, ouvi comentários de que o alimento melhorava a cada safra. Concluí que eu levo para casa o amor que recebo na rua e planto. No ano seguinte, essa relação com o ambiente/terra dá um fruto com esse sabor acrescentado, o sabor do amor que eu recebo na cidade.

O espírito da feira

O termo Espírito do Lugar, que no budismo poderia ser traduzido como o aspecto sutil dos lugares, é uma dimensão profunda que faz a mediação para captarmos um tipo de valor essencial, mágico e sagrado dos lugares. É uma percepção e uma sensação muitas vezes indizíveis que dão sentido, emoção e mistério. Aqui texto de Leonardo Boff sobre a dimensão do espírito e da espiritualidade.

Para entendermos o caminho da totalidade por meio do espírito, precisamos sair da concepção hegemônica dominante, fragmentada e dualista a que estamos acostumados. Dentro da percepção ecológica, no início da década de 1970, o filósofo norueguês Arne Naess difere a “ecologia rasa”, que é antropocêntrica e utilitarista, da Ecologia Profunda, que oferece uma percepção de base espiritual e filosófica. Esta última busca questionar e transformar, pela essência, velhos paradigmas e nossa própria visão de mundo, além de reconhecer cada ser vivo como um fio particular que tece a teia da vida. Essa visão integrada nos reconecta com uma nova ética, uma nova forma de habitar o mundo a partir da percepção de viver em conexão e harmonia com as forças cósmicas da Natureza, em vez de fazê-lo de acordo com nossas próprias leis autocentradas. Segundo Lama Samten:

“Sem eixo espiritual, acreditamos que o acesso aos bens, ao consumo e ao poder é a única fonte de felicidade. Um sistema econômico em expansão, suicida e destruidor parece, paradoxalmente, a única alternativa para a felicidade.”    

Percebe-se então que, na crise de percepção em que vivemos, houve o que Weber chama de desencantamento do mundo, um processo de ruptura com a experiência espiritual, a magia, o sagrado, perante a predominância da racionalidade linear e instrumental. Para Lama Samten:

“O reencantamento é um aspecto, poderíamos dizer, revolucionário. Ou seja, o nosso coração retorna. O mundo econômico entristece as pessoas que vencem dentro do processo dele. […] o sistema econômico tira a alma das pessoas, desconecta da natureza, remove o aspecto estético, remove a beleza.”

Para a entrevistada Cintia, a feira é um espaço de Terra Pura (leia texto do Lama sobre Terra Pura aqui) onde as nossas melhores qualidades florescem e vamos nos transformando de dentro pra fora, a partir de nossas estruturas internas, para então mudar a realidade:

“É muito mais provável que tu chegue à feira e te alegre; veja que tem um monte de coisas para comprar, pode encontrar amigos. Só de chegar ao espaço, ele naturalmente te eleva. Se tu te perder internamente, estiver deprimido, vai para a feira, alguma coisa vai acontecer.”

O espírito do lugar é transitório, dinâmico, impermanente, assim como nossa experiência e o universo que conhecemos. Ele vem, vai, volta, conforme o fluxo da mudança, inerente aos fenômenos. Está presente em um sorriso, um amanhecer, no cheiro de uma fruta fresca, em uma forma de falar, de andar, em uma atitude, nos valores, em um pensamento. Se ninguém mais vê, ele desaparece; mas, se um único ser lhe dá energia, ele permanece, muitas vezes como vento que preenche todo o lugar ou como brisa suave.

Na FAE, quem está atrás da banca oferta o alimento e toda a sabedoria materializada nele; quem está do outro lado oferece gratidão, admiração e reconhecimento. A agroecologia é um dos caminhos para mudar o mundo, mas, para isso, a mudança começa dentro de nós, com nossas escolhas diárias. Sinto que, se estivermos cada vez mais ativos, percebendo e evocando o espírito da feira, ele será capaz de fazer brotar uma nova forma de vida, baseada na conexão e no cuidado com a Terra e com as relações afetivas que construímos entre nós.


 

*Com o tempo e o auxílio de uma parceria forte com a AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), a Coolméia foi se desvinculando da GFU e se tornando um espaço de referência em práticas ecológicas no Brasil.


Sobre a autora

Camila Torres Brum

Sou uma aprendiz curiosa, louca por feirinha ecológica, apaixonada por fotografia. Museóloga formada pela UFRGS, acredito na agroecologia como instrumento para mudar o mundo. Atualmente trabalho como produtora cultural e comunicadora na FAE. Participo da equipe que realiza ações que movimentam, exaltam e evocam esse espírito da feira por meio da educação e da cultura, como exposições, ações educativas, espetáculos de teatro e música, ações da comunidade, saraus. Neste ano, realizamos, em março, um sarau (veja aqui) para rememorar o Dia Internacional da Mulher e também a ação do Sábado Sem Sacolas Plásticas, projeto que visa acabar em um ano – ou menos – com o consumo de sacolas plásticas na feira.


Indicações de livros para se aprofundar no assunto:

FREI BETTO. Sinfonia universal: a cosmovisão de Teilhard de Chardin. Petrópolis: Vozes, 2011. 127 p.
BOFF, Leonardo. Do iceberg à Arca de Noé: o nascimento de uma ética planetária. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 2011.
CAPRA, Frijot. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 2009.
PADMA SAMTEN; CARUSO JR., Vitor. O Lama e o economista: diálogos sobre budismo, economia e ecologia. São Carlos: RiMa Editora, 2004.
UNGER, Nancy Mangabeira. O encantamento do humano: ecologia e espiritualidade. São Paulo: Loyola, 2000.


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4 Comentários

  1. Ormando disse:

    Grande texto 🙂 para mim não há dúvidas que a Agroecologia, a Permacultura e a Agricultura Sintrópica, são os caminhos para ajustarmos e equilibrarmos o nosso relacionamento com a terra, com a água, com o fogo e com o ar ^.^ recomento também o texto “O Solo” da Ana Primavesi, que pode ser encontrado em Pdf no Google ^.^ gratidão :}

  2. Carlos Lemos disse:

    como um dos fundadores da Coolméia, lhe parabenizo pelo belo e completo texto sobre a FAE (e muito mais). Namastê

  3. claudia lulkin disse:

    Lindo. Profundo. Emocionante.

  4. VANDER SILVEIRA disse:

    No 1° aniversário da Feira, realizamos oficinas de Arterreciclagem, fizemos Cátia Alexandra e eu.
    Eram “bonecos com sacolas plásticas”. Já naquela época se questionava isso.
    Ainda guardo o certificado emitido pela Coolméia.

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