Foto: Journey Cloud

Filhas do Buda no compromisso com o ativismo social

Elas são muitas e se encontram na próxima Conferência Internacional Sakyadhita, em junho, na cidade de Hong Kong



Elas estão em vários recantos do mundo e cultivam uma grande motivação: buscar a transformação de vida das mulheres nas sociedades budistas.

São as Sakyadhitas (Filhas do Buda) que buscam ações cada vez mais efetivas para contribuir com as mudanças por meio da organização líder no mundo de mulheres budistas que reunirá na Universidade de Hong Kong, de 22 a 28 de junho, dedicadas praticantes e aliados (homens) — freiras, leigas e aqueles que não são nem leigos nem ordenados — para encorajar o trabalho para o bem-estar espiritual e secular mundial.

Desde o início em 1987, a organização dedica-se em promover a igualdade de gênero, bolsas de estudo, redes sociais e harmonia entre as mulheres budistas. O tema desta 15ª conferência “Mulheres Budistas Contemporâneas: Contemplação, Intercâmbio Cultural e Ação Social”, coloca em pauta a diversidade de mulheres budistas contemporâneas em todo o mundo.

Conferência Internacional Sakyadhita

Divulgação da 15º Conferência Internacional Sakyadhita, em Hong Kong, entre 22 e 28 de junho

A contemplação inclui introspecção pessoal, prática de atenção plena, meditação e reflexão sobre questões da vida contemporânea.

O intercâmbio cultural incorpora o diálogo inter-religioso, a experiência budista, o diálogo entre gerações e o intercâmbio transcultural budista, expresso através da música, da literatura, do teatro, da pintura, das mídias sociais e das artes marciais.

A ação social assume muitas formas, incluindo atividades de caridade, empreendedorismo social, liderança comunitária e outras formas de transformar a sociedade.

No século VI aC, o Buda afirmou a igualdade do potencial espiritual de mulheres e homens. O budismo é o único, entre as grandes religiões, que reconhece a igualdade espiritual, mas apesar da filosofia igualitária, as mulheres na maioria das culturas budistas não têm igualdade de oportunidades, segundo a organização Sakyadhita.
Sakyadhita

S. S. o Dalai Lama em um ensinamento para monjas na Índia. Foto: Tenzin Choejor

Se estima pelo menos 300 milhões de mulheres budistas em todo o mundo, incluindo mais de 130 mil monjas. Muitas dessas vivem na pobreza, sem educação, oportunidades ou facilidades para a prática budista. Em apenas três tradições — chinesa, coreana e vietnamita — as mulheres podem alcançar status de ordenação igual aos homens.

Para as Sakyadhitas, o Budismo é uma força cultural significativa em nosso mundo, influenciando virtualmente cada esfera da atividade humana do negócio à música popular. A disseminação global da ética budista, iconografia, meditação e filosofia está tendo um impacto na ciência, psicologia, governo e as artes.

Sakyadhita

Coordenadora Karma Lekshe, na 14ª Conferência Internacional Sakyadhita. Foto: Olivier Adam

No site, elas afirmam que hoje as mulheres têm mais caminhos para o auto-enriquecimento do que em qualquer momento da história registrada. “Se a escolha é carreira, família ou mosteiro, as mulheres estão se expandindo para além dos papéis tradicionais de maneiras criativas e benéficas. As mulheres também tomam diferentes caminhos e abordagens para a espiritualidade. Dependendo de seus antecedentes culturais e interesses pessoais, eles podem estar inclinados à meditação, erudição, ativismo social ou as artes”, diz o trecho da chamada das mulheres para a conferência.

A 15 ª Conferência Sakyadhita será um fórum para fazer conexões entre culturas e tradições, explorando uma ampla gama de ensinamentos budistas, valores e técnicas para viver uma vida significativa.

Os membros — isso inclui uma aliança com os homens — que participam das Conferências Internacionais de Sakyadhita sobre as Mulheres Budistas têm consciência e um comprometimento com o ativismo social que só cresce através do desenvolvimento de relacionamentos com outras pessoas que também estão socialmente envolvidas.


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