Não temos outra missão senão ajudar e proteger o Darma

Uma mensagem de Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche no informativo anual da Khyentse Foundation de 2012, publicado dia 29 de abril de 2013


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Revisão: Carol Franchi
Edição: Carol Franchi
Tradução: Pema Rinchen

Esse texto foi publicado em 2013, no antigo site da Bodisatva, e aborda a compaixão infinita dos mestres em manter a chama do Darma acesa para iluminar os seres, em tempos nos quais é muitas vezes desafiador praticar. Em tempos de degenerescência o Darma é muito valioso, pois nos ensina a atravessar tudo que está ruindo com lucidez. Para acessar o texto original, clique aqui.


“O objetivo é nos lembrar: não temos outra missão senão ajudar e proteger o Darma, seja qual for a linhagem, não apenas as linhagens da tradição tibetana, mas seja onde for, em diferentes partes do mundo, todas as diferentes tradições. E a visão e essa missão, de ajudar a proteger, gerar, propagar e fortalecer a vida e o vigor do Darma do Buda, é algo que temos que valorizar, defender e nos lembrar de novo e de novo.

O grande Longchenpa disse que quando a lua nasce e há um lago claro, mesmo que você não queira, a lua é refletida no lago. Da mesma forma, contanto que os seres sencientes tenham mérito, a imagem do Buda, seus ensinamentos e sua bênção se refletem, mesmo se você não procurá-los. Mas se o lago está turvo, contaminado e não está claro, mesmo que a lua esteja brilhando no céu claro, o reflexo da lua não existe.

Ilustração: inteligência artificial do canva
Da mesma forma, embora a compaixão do Buda seja infinita e sempre presente, se não há mérito entre os seres sencientes para os Budas refletirem, então a chance de comunicação com o Buda provavelmente não existe.

No entanto, a julgar não apenas por nós, mas por tudo o que está acontecendo em relação à atividade do Darma, eu sinto que nós, seres sencientes, ainda temos muito mérito.

Temos tantos desafios. Desafios externos, sim, porém mais intensamente temos desafios internos. Vivemos em um mundo tão dinâmico, poderoso, materialista. E ainda assim encontramos praticantes, ainda encontramos pessoas curiosas sobre o que Buda disse, sobre o que Buda fez. E isso, por si só, é um grande incentivo para podermos continuar a fazer o que estamos fazendo.”

Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche é membro do Conselho de Administração da Fundação Khyentse

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