Paz e segurança nas eleições: um pacto pela democracia

CEBB Curitiba assina Termo de Cooperação entre o TRE-PR e entidades religiosas com o compromisso de preservar o caráter pacífico das eleições de 2022


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Edição: Elise Bozzetto

Em agosto, o Centro de Estudos Budistas Bodisatva Sukhavati, representado pelo tutor Bruno Davanzo, participou do evento “Paz e Segurança nas Eleições: um pacto pela democracia” que reuniu budistas, católicos, evangélicos, judeus, islâmicos, umbandistas e ciganos do Paraná.

Na ocasião, foi assinado Termo de Cooperação que tem como objetivo estabelecer ações, por meio de medidas e projetos institucionais, para preservar a normalidade e o caráter pacífico das eleições deste ano. O encontro foi promovido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, em Curitiba.

Ação no mundo 

Conforme o desembargador Wellington, as religiões têm papel fundamental na difusão de preceitos éticos e de valores como o respeito, a solidariedade e a harmonia e a ideia do TRE-PR com a iniciativa foi unir forças para combater a desinformação, uma grande ameaça à democracia. O projeto “Gralha Confere” é uma das ações neste sentido: um programa permanente de enfrentamento à desinformação, sendo hoje uma das principais ferramentas do órgão.  No ato, as entidades religiosas se comprometeram a ceder espaço para a realização de palestras, em especial, sobre as fake news relacionadas às urnas eletrônicas. Visando sempre reforçar a transparência das eleições, além de ações para divulgar interna e externamente conteúdos do TRE-PR sobre a segurança das urnas eletrônicas, as entidades irão promover a conscientização da tolerância política, com intuito de preservar a paz social.

Para Bruno Davanzo, representante do CEBB Curitiba, a aproximação das instituições em prol da paz neste momento é muito importante. Ele acredita que a espiritualidade pode ajudar nesse processo de grande acirramento. “Por meio da meditação, do silêncio, podemos acessar estados de mente mais pacíficos para lidar com situações desafiadoras”, sugere. “Não se trata de um silêncio conivente, partimos da premissa de que não há inimigos, então olhamos para o outro com mais clareza, podemos discordar do outro, nos posicionarmos contra ideias, mas não contra as pessoas. Esse é o nosso foco”, esclarece.

“Cultivamos a cultura de paz em todos os níveis e em todos os lugares, por isso nos opomos a posturas autoritárias, sectárias, armamentistas e violentas nas disputas políticas e no convívio social. Queremos paz, mas a paz que nos permite falar com abertura e interesse. Não temos inimigos”, enfatiza Bruno. “Justiça social e liberdade são direitos de todos. Bem como amplo acesso às condições básicas, físicas, emocionais e sociais de apoio à vida. Infraestrutura básica, alimentação de qualidade, saúde integrada e preventiva, segurança física e emocional, justiça ampla e restaurativa, educação que inclua o livre pensar, o mundo interno e o das emoções, o respeito à diversidade, a liberdade de movimento, pensamento e expressão, aos movimentos não sectários, a valorização das diferentes culturas e expressões que compõem a nossa sociedade, incluindo os povos tradicionais, as expressões da matriz africana, as diferentes culturas e religiões, as mulheres, as diversas expressões de gênero, sexualidade e afeto. Enfim, primamos por uma postura que vá além da tolerância e inclua a generosidade, o respeito e o interesse genuíno por todos os seres”, destacou em sua fala no evento.

Estiveram presentes representantes das seguintes entidades religiosas: 

• Alexandre Knopfholz, presidente da Federação Israelita do Paraná (FEIPR);

• Alissar Mannah, diretora executiva secretária da Associação Nacional de Juristas Islâmicos (ANAJI);

• Bruno Davanzo, tutor do Centro de Estudos Budistas Bodisatva e presidente do Centro de Estudos Budistas Bodisatva Sukhavati;

• Bispo Cirino Ferro, presidente do Conselho dos Ministros Evangélicos do Paraná;

• Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo da Arquidiocese de Curitiba;

• Juliana Akel, mãe pequena do Terreiro do Pai Maneco;

• Nardi Casanova, secretária executiva nacional da Confederação Brasileira Cigana;

• Pai Eraldo de Xangô, presidente da Federação Umbandista do Estado do Paraná (FUEP).

O evento contou também com a presença do presidente do TRE-PR, Wellington Emanuel Coimbra de Moura; o juiz membro da Corte e Ouvidor, doutor Thiago Paiva dos Santos; o diretor-geral, doutor Valcir Mombach; e o secretário da Presidência, doutor Josmar Ambrus; bem como de servidoras, servidores e colaboradores da Justiça Eleitoral do Paraná e membros das comunidades religiosas.

O ato no Paraná contou com transmissão pelo YouTube e pode ser visto na íntegra por quem se interessar, basta acessar o Canal do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná: https://www.youtube.com/watch?v=Q80cn_QdBCc

Fotos: divulgação TRE-PR

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