Canção do despertar

Preciosa canção oferecida por Chagdud Tulku Rinpoche no Khadro Ling


Por
Edição: Caroline Souza

Hoje nós despertamos ao som sutil da concha do Darma: neste 12 de agosto de 2019, Chagdud Tulku Rinpoche estaria completando seu 89º aniversário.

Esta é uma data em que recordamos a gigantesca compaixão que levou esse mestre, nascido no Tibete em 1930, a aspirar de todo o coração beneficiar os seres em terras distantes. É o dia em que celebramos a fantástica interdependência que nos presenteou, aqui do outro lado do mundo, com a chegada auspiciosa desse Senhor da Dança, patrono do CEBB, guru raiz do nosso querido Lama Padma Samten. É um dia de regozijo e de gratidão.

Mas, acima de tudo, é o dia de fazer soar em todas as direções esta canção, joia rara da mente de Chagdud Rinpoche, oferecida por ele no alto-falante do Khadro Ling, muitas manhãs atrás.

Que suas palavras penetrem na gente e não nos deixem cair no esquecimento nem por um segundo. E que, pelo seu insondável poder, muitos seres sejam instantaneamente despertados!


“Uh oh! Não durmas agora, ser afortunado.
Desperta com diligência.
De tempos sem princípio até agora tens dormido em ignorância.
Agora é o momento de deixar o sono para trás e praticar virtude, com corpo, fala e mente.
Não te lembras de nascimento, doença, velhice e morte?
Todo sofrimento além da conta e além da medida?
Esqueceste?
Quem sabe se terás o dia inteiro?
Agora é o momento de praticar com diligência.
Ainda tens esta oportunidade de gerar benefício duradouro, então, por que desperdiçá-la por preguiça?
Se realmente contemplares a impermanência, consumarás a tua prática rapidamente.
Quando a hora da tua morte chegar, estarás confiante.
Com a tua prática consumada, não terás nenhum arrependimento.
Sem esta confiança, qual terá sido o propósito da tua vida?
A natureza de todos os fenômenos é vazia e sem identidade, como a lua refletida na água, uma bolha, uma alucinação, uma emanação, uma ilusão, uma miragem, um sonho, uma imagem no espelho, um eco.
Todo o samsara, todo o nirvana é assim.
Reconhece todas as coisas desta maneira.
Nada vem, nada fica, nada vai, além de qualquer descrição por palavras, além de qualquer concepção da mente.
Agora é o momento de alcançares a realização que é sem sinais.”


Veja também:


 

Apoiadores

1 Comentário

  1. Ormando :) disse:

    Maravilhosa canção ^.^ essa forma de colocar as palavras e os sentidos é tão tocante, deliciosa e mágica ^.^ parece o som da concha ^.^ ou do rio a soar 🙂

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *